quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Eu




Falar do eu para alguns é constante
Trata-se de pura exibição
Mostrar sua vida intrigante
Em constante transformação

Falar do eu para alguns é fácil
Mostra a ansiedade no coração
Mal pode silenciar
E sentir sua própria tensão

Silenciar suas coisas
Arrumar sua esperança
Limpar seus preconceitos
Conversar como uma criança

Que belo é isto
Perguntar com ingenuidade
Deixar o preconceito criado
Soltar-se sem maturidade

Aprender como uma criança
Perguntar sem maldade
Livrar-se dos jargões
Construídos pela humanidade

Aflorar curiosidade
Dançar com o ritmo das idéias
Saindo do compasso
Errando para uns
Mas criando seu próprio passo

Que belo é o infantil
Sentir e perguntar
É um ouvir sutil
Com vontade de indagar

Viver na imaginação
Criar seu conhecimento
Com aquilo que se sente
Tão distante de todo movimento

O movimento de fora
E o movimento de dentro
Todos diferentes
Criados no seu próprio tempo

Cada passo, um pé
Cada volta, uma perna
Cada tombo, um trauma
Cada erguida, uma força interna

Cada um com sua criança
Seja de oito
Seja de trinta
Com o pensamento solto
Repleto de tinta
Pintar e bordar
Bordar para pintar
Como é belo no humano
A arte de se soltar

Ingenuidade, ingenuidade.
Tu és o que de mais belo existe nessa criança dentro de mim
Talvez por isso sempre acredite
Que consiga conversar com as crianças dos outros.
Mas nem sempre eu consigo
Pois estão mais presos do que soltos.

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