Falar
do eu para alguns é constante
Trata-se
de pura exibição
Mostrar
sua vida intrigante
Em
constante transformação
Falar
do eu para alguns é fácil
Mostra
a ansiedade no coração
Mal
pode silenciar
E
sentir sua própria tensão
Silenciar
suas coisas
Arrumar
sua esperança
Limpar
seus preconceitos
Conversar
como uma criança
Que
belo é isto
Perguntar
com ingenuidade
Deixar
o preconceito criado
Soltar-se
sem maturidade
Aprender
como uma criança
Perguntar
sem maldade
Livrar-se
dos jargões
Construídos
pela humanidade
Aflorar
curiosidade
Dançar
com o ritmo das idéias
Saindo
do compasso
Errando
para uns
Mas
criando seu próprio passo
Que
belo é o infantil
Sentir
e perguntar
É um
ouvir sutil
Com
vontade de indagar
Viver
na imaginação
Criar
seu conhecimento
Com
aquilo que se sente
Tão
distante de todo movimento
O
movimento de fora
E o
movimento de dentro
Todos
diferentes
Criados
no seu próprio tempo
Cada
passo, um pé
Cada
volta, uma perna
Cada
tombo, um trauma
Cada
erguida, uma força interna
Cada
um com sua criança
Seja
de oito
Seja
de trinta
Com
o pensamento solto
Repleto
de tinta
Pintar
e bordar
Bordar
para pintar
Como
é belo no humano
A
arte de se soltar
Ingenuidade,
ingenuidade.
Tu
és o que de mais belo existe nessa criança dentro de mim
Talvez
por isso sempre acredite
Que
consiga conversar com as crianças dos outros.
Mas
nem sempre eu consigo
Pois
estão mais presos do que soltos.
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