sábado, 11 de fevereiro de 2012

Vida


Vida, doce vida, tão doce quando estamos junto de quem gostamos e somos acolhidos com carinho.
Vida, amarga vida, tão amarga quando temos que nos separar de quem para nós é tão doce.
E qual será o gosto que sentimos quando não estamos juntos nem separados,
mas estamos apenas com o que restou dos outros dentro de nós.
E será que conseguimos passar doçura ou amargura para quem está a nossa volta sem sentir falta de um pedaço de nós?
Será que temos capacidade de ficar sós,
amargurados,
diante de tantas coisas angustiantes em nossas vidas?
E quem gosta de tanto amargo?
Acredito que é muito mais fácil encontrar pessoas que se aproximem de nós pela nossa doçura do que pela nossa amargura.
Mas muitas vezes a doçura do outro neutraliza a nossa amargura.
Ficamos doces
Ficamos amargos
Ficamos emaranhados
E o que ficou em nós?
O doce ou o amargo?
O colado ou o separado?
O fundido ou isolado?
Como é bom ter um pouco de cada para que possamos não ficar desesperados sozinhos nem completos juntos, pois ao separar o outro pode nos levar um pedaço...

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